O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) deve dar entrada, nesta sexta-feira, no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), em pedido de habeas-corpus em nome do líder José Rainha Júnior, preso dia 6, no Pontal do Paranapanema, oeste do Estado. Rainha estava detido na cadeia de Presidente Wenceslau, mas foi transferido, hoje.

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Primeiro para o Centro de Detenção Provisória de Caiuá, na mesma região, e mais tarde para o Centro de Ressocialização (CR) de Presidente Prudente. A unidade, com capacidade para 210 detentos, tinha hoje 144 presos. A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária informou que a transferência ocorreu por razões de rotina.

Rainha é acusado de formação de quadrilha, furto e danos que teriam sido praticados durante a invasão da fazenda Santa Cruz, em Mirante do Paranapanema, no dia 15 de junho. A ordem de prisão, expedida pela juíza Adriana Nolasco da Silva, atinge também os líderes Paulo Albuquerque, Márcio Barreto, Edna Torrioni e Manuel Messias Duda, que até a tarde de hoje continuavam foragidos.

Os advogados do MST vão pedir habeas-corpus em favor também dos outros militantes. De acordo com o advogado Patrick Mariano, integrantes do Judiciário no Pontal insistem em tentar criminalizar o MST.

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"Houve uma campanha contra o movimento nos anos 90, quando vários líderes foram presos, e ela se repetiu recentemente, quando em apenas uma comarca foram expedidos 50 mandados de prisão." Segundo ele, os tribunais reconheceram, em várias instâncias, que a luta pela terra não constitui crime. "Os operadores do Direito no Pontal já deveriam ter assimilado essas decisões."