Pedida a renúncia do chefe de Estado-Maior de Israel

Parlamentares israelenses exigiram nesta terça-feira (15) a renúncia do chefe de Estado-Maior do Exército de Israel, general Dan Halutz, depois de o jornal local Maariv ter publicado que ele vendeu ações de seu portfólio um pouco antes da eclosão da guerra contra o Hezbollah, no Líbano. O general admitiu ter vendido as ações no valor de 120 mil shekels – o equivalente a US$ 28.000 – na tarde de 12 de julho, três horas depois de o Hezbollah ter atacado uma patrulha de Israel, matando três soldados e capturando outros dois.

No mesmo dia, Israel desencadeou uma retaliação contra o Hezbollah, dando início a um sangrento conflito que se estendeu por mais de um mês. "Os fatos estão corretos", admitiu o general Halutz. Mas ele criticou o tom da reportagem e negou ter agido de má fé. Segundo ele, a venda das ações não estava relacionada com a possibilidade de guerra. Halutz disse que o portfólio já estava se desvalorizando antes. Os congressistas israelenses exigem a abertura de uma investigação sobre a venda.

"Quando o Estado estava queimando, tudo com o que ele se preocupava era seu portfólio", afirmou Colette Avital, do Partido Trabalhista, à Rádio de Israel.

Zevulun Orlev, do Partido Nacional religioso, pediu à procuradoria-geral que investigasse se Halutz poderia ser acusado de atuar no mercado financeiro apoiado em informações privilegiadas, prosseguiu a rádio. O mercado acionário de Israel caiu mais de 8% nos dois primeiros dias da guerra, mas já recuperou parte das perdas.

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