Em campanha no Rio pelo segundo dia consecutivo, o candidato do PDT à Presidência, Cristovam Buarque, voltou a cobrar a responsabilidade do presidente Lula pela crise de segurança em São Paulo, mas estendeu a crítica a outro adversário, o tucano Geraldo Alckmin. O ex-petista classificou de tardia a ajuda oferecida pelo governo federal e recusada pelo governador de São Paulo, Cláudio Lembo.
"O presidente Lula deveria ter começado a cuidar da segurança pública três anos e meio atrás, quando assumiu. O programa de governo elaborado por ele dizia que a segurança deveria ser cuidada pelo presidente e o Lula, pensando só na reeleição, não quis trazer esse problema para ele. Deixou com os governadores. O resultado é isso", disse o senador.
Cristovam disse que a reunião do Gabinete de Segurança Institucional é pouco para enfrentar o problema e voltou a defender que o presidente convoque o Conselho da República (previsto na Constituição de 1988 com poderes para decretar estado de sítio) e declare que há uma "guerra civil" no País. O senador disse ainda que o ex-governador Alckmin também é responsável pela crise em São Paulo.
"Nesse período todo a gente não viu o que o Estado de São Paulo, que é o mais rico do Brasil, fez. Mas hoje, no nível que chegamos, por irresponsabilidade dos governos de São Paulo, é preciso o governo federal agir. Lula prometeu que faria isso e tantos de nós, como eu mesmo, votamos nele pensando que faria", cobrou.