O PC do B e o PT são os dois partidos mais beneficiados pelo Palácio do Planalto com recursos para as emendas individuais dos parlamentares. De acordo com os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), as duas siglas já obtiveram a liberação de 53,8% e 52,1% do valor de suas emendas, respectivamente, enquanto os oposicionistas do PFL e PSDB só conseguiram desbloquear 17,8% e 13,2%.
O PCdoB lidera esse ranking desde que o deputado Aldo Rebelo, atual presidente da Câmara, era ministro da Articulação Política e, como tal, responsável por negociar a liberação das emendas. Mas os comunistas do Congresso somam apenas 12 deputados e 1 senador, cada um deles com direito a apresentar R$ 5 milhões em emendas (para 2007, esse valor foi elevado para R$ 6 milhões).
Em valores absolutos, os parlamentares do PT foram os que mais conseguiram liberar recursos: R$ 101,4 milhões de um total R$ 194,7 milhões previstos na lei orçamentária. Logo em seguida aparece o PMDB, maior partido do Congresso, que obteve R$ 65 milhões de um total de R$ 165,3 milhões de emendas individuais "exclusivas", o que representa um porcentual de 39,32%.
O adjetivo "exclusiva" é utilizado no levantamento porque inclui as emendas que são apresentadas por um único parlamentar. Muitas vezes os códigos de destino das emendas se repetem e, nesse caso não é possível saber pelo Siafi qual foi exatamente o deputado ou senador beneficiado.
Entre os partidos de oposição, o PSOL da senadora e ex-presidenciável Heloísa Helena foi o que menos verbas conseguiu para suas emendas: apenas.
R$ 1,8 milhão de um total de R$ 27,5 milhões incluídos no Orçamento de 2006. O PDT é o segundo pior nas liberações, com um porcentual de 7,67%.
A tabela com os porcentuais de liberação é nitidamente dividida ao meio. Os sete principais partidos da base aparecem no topo, enquanto os cinco oposicionistas, na base.
