O governo federal avalia que, apesar dos avanços do governo de São Paulo no combate à onda de violência, a situação no Estado ainda é muito preocupante. Por isso, decidiu manter as Forças Armadas e todo o aparato de segurança da União em estado de alerta. Decidiu também ampliar a cooperação ao governo estadual e convocar a rede nacional de combate à lavagem de dinheiro para sufocar o suprimento de recursos do Primeiro Comando da Capital (PCC).

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A devassa no poder econômico do PCC inclui o rastreamento de operações financeiras de pessoas, empresas e advogados ligadas aos bandidos, monitoramento de doleiros e operações de remessa de dinheiro ao exterior, além da quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de suspeitos. Criada há três anos, a rede de combate à lavagem de dinheiro envolve 28 órgãos federais em ações articuladas, mediante o compartilhamento de informações.

A União também decidiu enviar hoje uma missão a São Paulo, chefiada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), a fim de acelerar a transferência de líderes do PCC para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Está prevista a transferência de cerca de até 45 chefes de facções dos presídios paulistas para a unidade federal, inaugurada em 23 de junho.

A nova ofensiva contra o crime em São Paulo foi anunciada hoje pelo governo, após reunião do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, com a cúpula dos órgãos federais de segurança. Além dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, estiveram presentes à reunião os ministros da Defesa, Waldir Pires e do Gabinete da Segurança Institucional, general Jorge Félix. E ainda, os dirigentes das Polícias Federal e Rodoviária, Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e Abin.

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