Será o jogo de Pedrinho, Marcinho e Juninho? "Espero que a gente repita o que
fez contra o Vasco (vitória por 5 a 2)", respondeu Pedrinho, de volta ao time
titular após seqüência de contusões, antes do duelo. "Mas a equipe não depende
só de nós três." O meia tinha razão. Na partida na qual o Palmeiras buscava
embalo no Campeonato Brasileiro, o trio não repetiu a grande atuação, o time
pecou na conclusão, recuou muito e, num momento de desatenção, nos acréscimos,
permitiu a virada do Paysandu: 2 a 1 no Mangueirão.
Descontrolado, o time
perdeu a cabeça com o apito final, tentando colocar a culpa na arbitragem.
Partiram para cima do auxiliar, para reclamar. "Só marca para o Paysandu, só
para o Paysandu", bronqueava um Juninho que em campo foi apático. "Fala de um
lance que foi anotado para nós", indagou Marcinho Guerreiro. "O pessoal do banco
de reservas do Paysandu reclama e o auxiliar fica com medo." O Palmeiras
permanece com 10 pontos, em 15.º lugar, um à frente dos times que estão na zona
de rebaixamento.
A partida começou em ritmo de Fórmula 1, com times em
alta velocidade. E com qualidades de Renault, Ferrari, Williams ou McLaren. Era
correria com competência. Um jogo disputado, gostoso de se ver. Os atacantes
Eder Ceccon e Robgol mostravam mais potência que os marcadores e sempre saíam na
frente do intransponível Sérgio.
Mais uma vez o eterno segundo goleiro do
Palmeiras teve bela apresentação. Foram pelo menos quatro defesas difíceis. Seu
prêmio: volta ao banco de reservas no próximo jogo, domingo, diante do Botafogo,
no Palestra Itália. O titular Marcos retorna da Alemanha, onde defende a seleção
brasileira na Copa das Confederações.
O Palmeiras não se limitou a
defender. Atacou também. E bem. As ultrapassagens de Lúcio levavam muito perigo
aos paraenses. Mas Washington, aquele que queria aproveitar a chance para se
firmar, destoava. Estava em ritmo de Minardi, lento e na pista, ou seja, em
campo, só fazendo número. "Está muito difícil, parelho. Vou continuar
batalhando", disse, no intervalo. Após o pit stop, porém, continuou a 10 por
hora. O ‘engenheiro’ Paulo Bonamigo, vendo o rendimento de sua ‘máquina’ cair,
resolveu trocar peças. Washington deu lugar para Ricardinho e Pedrinho para
Reinaldo.
Vida nova em campo, erros velhos. Foram três chances para
definir a vitória.
Paulo Campos, também não gostando do que via em campo,
ousou. Colocou o atacante Balão na vaga do lateral-esquerdo Leandro. Com motor
novo, o ligeiro Paysandu ? beneficiado com a queda de rendimento do Palmeiras ?,
chegou à igualdade, justamente com Balão. Quando o confronto estava em sua reta
final, próximo da linha de chegada, Alex Pinho colocou os paraenses à frente: 2
a 1.