Pavimentação da estrada traz esperança aos moradores

O anúncio do início das obras de pavimentação da Estrada do Cerne (PR-090) nos 16 quilômetros entre Campo Magro e Bateias, região metropolitana de Curitiba, traz ânimo e esperança à população e aos comerciantes locais. Através de uma parceria com o Exército Brasileiro, o Governo Paraná vai investir R$ 8,7 milhões na obra. Antes esquecidos e com poucas chances de crescimento, os moradores já fazem planos para quando o asfalto chegar na frente das suas casas.

Exemplo desse ânimo é encontrado no comerciante Antônio Borges Lovatto. Dono de um pequeno comércio à beira da estrada, ele mora em Bateias desde seu nascimento. Com 75 anos de idade, Antônio acompanhou a construção da rodovia que já foi considerada a ?maior estrada de rodagem do Estado?.

Ele mesmo conta que levava lenha e transportava café da região norte do Paraná pela via. Da mesma forma que testemunhou a ascensão da estrada, viu com tristeza sua decadência, quando o tráfego foi desviado para a então recém-construída e pavimentada BR-376 (Rodovia do Café).

?Esperamos pela pavimentação da Estrada do Cerne há muitos anos. Mas parece que nenhum outro governo teve interesse e chegou a tomar uma atitude para asfaltar a rodovia?, lamenta Lovatto. ?Nós nem acreditamos que vai sair agora. Parece até um sonho?, comemora ao observar o início da movimentação do Batalhão de Construção do Exército que vai executar a obra.

A família de Antônio sempre viveu na região. Seu pai possuía alguns terrenos na área que acabaram sendo vendidos, já que não se valorizavam. Hoje, Antônio tem uma mercearia, que administra há mais de 30 anos junto com o seu filho, João Francisco Lovatto.

João reclama da dificuldade para se chegar à capital com a estrada não pavimentada. Além da facilidade de deslocamento, ele espera que melhore o movimento em frente da mercearia com a pavimentação.

?O asfalto é uma ótima notícia. Toda a área próxima ao nosso imóvel vai ser valorizada, trazendo mais gente, aumentando o movimento do comércio?, prevê com otimismo.

Logo em frente à mercearia, a estudante Tatiana Pires espera pelo ônibus que vai até Campo Largo. Ela mora há três anos em Bateias, mas estuda em Curitiba. Quando chove, invariavelmente, chega atrasada em seus compromissos.

?Com chuva e a falta de asfalto, o ônibus quebra e acaba atrasando?, reclama. Mais um problema que deve ter fim com a pavimentação da rodovia.

Facilidade de ir e vir também é o que espera a dona de casa Eva Rossa. Vivendo há 19 anos no município de Bateias, ela afirma ter sofrido décadas com os transtornos causados pela falta de uma via asfaltada.

Além da lama e o pó que sujam a casa e prejudicam seus netos, a sua maior preocupação é com a filha que vai a pé até o início da Estrada do Cerne para conseguir pegar o ônibus com destino a capital. ?Agora, espero que tudo melhore?, completa.

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