O ex-presidente da Sercomtel, Rubens Pavan, não pretende participar do processo de acareação que a CPI da Copel deseja fazer entre os implicados na venda de ações da companhia telefônica de Londrina para a Copel. A sessão de acareação entre Pavan, o ex-secretário de governo de Londrina, Gino Azzolini Neto, o ex-secretário municipal de Finanças, Luiz Cesar Guedes, e Ismael Mologni estava prevista para ontem, no Tribunal do Juri em Londrina, mas acabou não acontecendo em função do mau tempo que impediu o desembarque dos deputados na cidade. A CPI marcou nova data para o evento: 12 de junho, às 10h, no plenarinho da Assembléia Legislativa.
Os advogados de Pavan protocolaram petição endereçada ao presidente da CPI, deputado Marcos Isfer (PPS), explicando as razões porque seu cliente considera desnecessário expor-se mais uma vez a um desgaste público que, em sua opinião, não somará novas informações as já recolhidas pela comissão.
Os advogados lembram que está em curso na 4.ª Vara Cível de Londrina ação popular proposta por vereadores locais com o objetivo de apurar eventuais irregularidades na transação. E que Pavan prestou declarações ao Ministério Público em 19 de junho de 2000, à Comissão Especial de Inquérito da Câmara Municipal de Londrina em 08 de junho de 2000, à Comissão Processante também da Câmara em 18 de agosto de 2000; à Polícia Federal em 31 de outubro de 2001, e à própria CPI da Copel em 3 de abril deste ano.
“As CPIs tem por escopo reunir elementos indiciários ou de prova, tendentes a inaugurar procedimentos judiciais, quando for o caso, e assim propiciar a apuração de irregularidades ou até ilícitos que ocorram em relação à coisa pública. Ocorre que tal mister já se deu por iniciativa anterior do próprio Ministério Público, da Polícia federal e do Judiciário da comarca de Londrina, perante a qual dignos vereadores são autores de ação popular tendente a esclarecer de maneira competente a ocorrência de eventuais ofensas ao Direito”, diz a justificativa apresentada pelos advogados de Pavan para sua ausência no processo de acareação. Assinam a petição os advogados Júlio Cezar Brotto e Gilberto Baumann de Lima.