O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Rocha (PA) divulgou nota há pouco anunciando que se licenciou do cargo. Segundo documentos em poder da CPI dos Correios, Rocha teria sido um dos beneficiados pelos saques feitos na conta da SMPB, do empresário Marcos Valério, na agência do Banco Rural em Brasília, por sua assessora Anita Leocádia. Até a próxima reunião da bancada do partido, prevista para a primeira semana de agosto, a coordenação ficará por conta do colégio de vice-líderes.
Na nota, Rocha afirma que solicitou ao ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, auxílio para quitação de dívidas do PT no Estado do Pará e que foram disponibilizados R$ 300 mil no ano de 2003. Diz ainda que, por orientação de Delúbio, os recursos foram retirados junto ao Banco Rural por Anita Leocádia. Na nota Paulo Rocha diz também que a quantia foi "de imediato e integralmente direcionado para o pagamento das dívidas do partido no Estado".
Na nota, Paulo Rocha alega ainda que demorou a dar explicações sobre o fato porque o assunto envolve o partido. "Como se tratava de responsabilidade que envolvia o coletivo partidário aguardei o momento adequado para me pronunciar e esclarecer os fatos à sociedade", diz o deputado no documento.
Ele confirma na nota que a assessora Anita Leocádia também esteve no Brasília Shopping, onde fica a agência do Banco Rural, no dia 7 de janeiro de 2005, às 19h07, para ir Clínica Quéops. O deputado anexou ao documento um relatório dos registro de entrada de sua assessora no prédio do shopping para ir à Clínica.