O presidente da Copel, Paulo Pimentel, disse nesta terça-feira que está otimista quanto a um acordo com a El Paso para encontrar uma solução negociada ao impasse envolvendo a Usina Termelétrica de Araucária (UEG). O cenário favorável ganhou contornos mais nítidos após uma conversa recente entre o governador Roberto Requião e a ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, que se mostrou bastante sensível aos argumentos apresentados por Requião.
Pimentel revelou haver conversado recentemente com dirigentes da empresa americana que controla o empreendimento, com 60% das ações, e manifestou ter esperanças de resolver definitivamente a questão em prazo relativamente curto, “até o final do primeiro trimestre de 2005, talvez”, arriscou.
“A conversa com os representantes da El Paso aconteceu em clima de entendimento”, relatou o presidente da Copel. “Pudemos sentir que eles estão interessados em buscar uma solução amigável para o embate judicial em torno da legalidade dos contratos que foram firmados e, se desse diálogo resultar uma composição que antes de tudo preserve o interesse público, como nos ordenou o governador, vamos estudá-la com boa vontade e levá-la à apreciação de Requião”, prometeu.
Paulo Pimentel informou que também está buscando junto à Petrobrás uma solução para as contas de suprimento de gás natural à Usina de Araucária. “Essas faturas não podem ser pagas simplesmente porque não houve consumo de gás”, justificou o presidente. “Se a usina está parada e não produziu até agora um único quilowatt-hora de eletricidade, sob que argumento podeeremos autorizar o pagamento dessa despesa?”, questionou.
A Petrobrás detém participação idêntica (20%) à da Copel na composição societária da UEG Araucária.