A atacante Paula Pequeno, de 23 anos, foi às lágrimas quando foi anunciada como a melhor jogadora do Grand Prix, hoje, em Sendai. Para Paula, que foi tirada da seleção brasileira e da Olimpíada de Atenas, no ano passado, por uma contusão e uma cirurgia no joelho, o título foi a volta por cima. Paula competia contra a chinesa Feng, a cubana Carrillo, a japonesa Takahashi e a italiana Fiorin.
Primeiro sumiu no meio das companheiras, que a cercaram e abraçaram. Depois, muito aplaudida pelo público, subiu ao pódio, chorando.
Paula marcou o ponto do título, num ataque que fechou o tie-break por 15 a 7 e o jogo por 3 sets a 2. "Não era um objetivo individual. Eu queria ser campeã, sem demagogia. Por isso, foi uma grande surpresa para mim. Quase morri do coração."
Paula avaliou sua atuação no GP e acha que foi mais regular na fase final, com seis equipes. "Tudo serviu de lição para nós como um grupo. Em alguns momentos, não estive bem e outras supriam isso. Daí uma das causas desse nosso título. A China, por exemplo, ainda é melhor que nós. Temos muito a crescer, mas somos muito unidas e fortes", avalia.
Paula contou o que disse às companheiras no vestiário, antes do jogo e do título. "Falei para as meninas: ‘vamos deixar tudo de ruim do lado de fora, a ansiedade, a derrota para a China, os problemas particulares… E Deus nos presenteou com essa bela partida", comenta Paula, que recompensa título com alguma ação em benefício de entidades.
As melhores: Calderon, ataque, Carrillo, bloqueio (de Cuba), Yang, saque, Zhang, líbero (China) e Takahashi (Japão), maior pontuadora.