Patrus defende corrigir Bolsa-Família para repor inflação

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Patrus Ananias, quer reajustar o benefício pago pelo programa Bolsa-Família, que hoje varia de R$ 15 a R$ 95 de acordo com o número de filhos. Patrus defendeu correção que reponha a inflação acumulada desde o início do programa, em outubro de 2003, mas ressaltou que o ministério ainda trabalha, em conjunto com a equipe econômica, na construção das propostas que serão levadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o fim do ano. Ainda não há sequer definição sobre qual índice de inflação deverá ser utilizado e o ministro cogita até a hipótese de criar um índice específico para o programa.

Para Patrus, a correção dos benefícios é importante para preservar as características do programa, que visa a combater a fome, ao mesmo tempo que, por meio das contrapartidas, estimula a educação e a saúde e reduz a desigualdade social. Mas ele reconhece que há restrições orçamentárias que devem ser consideradas e também que o reajuste a ser dado deve levar em conta o controle da inflação. "Não queremos impor um risco inflacionário porque a inflação prejudica os mais pobres", afirmou Patrus, ponderando que, além do combate à pobreza, o programa tem impacto econômico importante nas economias locais onde há maior concentração de beneficiários. O Bolsa-Família atende famílias com renda per capita de até R$ 120.

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