Partidos não indicaram mulheres para vaga titular na Mesa da Câmara

Brasília – Dos 513 deputados federais que tomarão posse nesta quinta-feira (1.º), apenas 45 são mulheres. Ainda assim, a nova legislatura é a que tem o maior número de mulheres.

Na história do Parlamento, nenhuma mulher ocupou cargo de titular da Mesa Diretora da Câmara. As eleições internas deste ano não devem mudar essa estatística.

Houve apenas indicação de uma deputada para o cargo de sulpente: Maria do Carmo Lara (PT-MG). O prazo para registros terminou ao meio-dia.

Até hoje, apenas quatro mulheres entraram no seleto grupo da Mesa, mas também como suplentes: Lúcia Viveiros (PP-PA) em 81/83; Bete Mendes (PT-SP), 85/86; Irma Passoni (PT-SP), em 87 e 91, quando renunciou ao mandato; e Vanessa Felippe (PSDB-RJ), em 95/97.

Desta vez, a bancada feminina mobilizou-se para influenciar nas decisões da Casa. A estratégia foi tentar junto às lideranças e bancadas de seus partidos a indicação de uma delas para um dos sete cargos titulares da Mesa.

A deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) chegou a anunciar que iria registrar sua candidatura para uma das vagas do partido à Mesa. Entretanto, o registro não foi realizado.

Além do presidente da Câmara, serão escolhidos os dez parlamentares que vão compor a Mesa Diretora. A atual eleição é a primeira da nova legislatura, legitimada pelas eleições gerais do ano passado. 

São três os candidatos à Presidência: Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR). Para vencer no primeiro turno, o candidato precisa obter, no mínimo, 257 votos dos 513 deputados. Se isso não ocorrer, o segundo turno será realizado ainda hoje.

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