Depois de menos de 48 horas de tensão, políticos de todos os partidos reagiram com alívio ao recuo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que reviu ontem as regras que aprovara na terça-feira engessando ainda mais as alianças eleitorais. "Acabou o espasmo de crise", festejou o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador da campanha do pré-candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin

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Os tucanos vão formalizar no domingo a candidatura de Alckmin a presidente e estavam entre os mais empolgados com a revisão de ontem do TSE, porque, nas últimas horas, viram surgir o risco de perder seu principal aliado, o PFL, que já escolhera até o candidato a vice na chapa de Alckmin – o senador José Jorge (PE)

Segurança – "A decisão do TSE foi ótima, porque a segurança jurídica prevaleceu", afirmou o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), cujo partido chegara a adiar do dia 14 para o dia 21 a convenção em que homologaria a coligação com o PSDB. A segunda data será mantida porque o edital de convocação já foi publicado, e Bornhausen não vê razão para nova mudança. "Era a forma que tínhamos de acalmar o pessoal", justificou, lembrando que a decisão de ontem do TSE tumultuou todos os acertos que tinham sido feitos pelos candidatos do PFL em vários Estados

Também entre os adversários de tucanos e pefelistas, o clima ontem era de fim de sufoco. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comemorou: "Foi um ato de prudência e de respeito às instituições partidárias. A norma anterior tumultuava o processo eleitoral.

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Um dos principais dirigentes petistas, Romênio Pereira, secretário de Organização do partido, avaliou que o PT não seria muito afetado de qualquer maneira. "Se antes a decisão do TSE nos beneficiava , agora também não nos prejudica", disse. "Uma grande parcela do PMDB já ia fazer aliança conosco nos Estados, e isso não muda. Vamos agora tentar reforçar as coligações regionais.

O recuo do TSE soou como um alívio também para peemedebistas de todas as alas. O entendimento geral era de que o partido mais atingido pelo endurecimento da regra das alianças seria justamente o PMDB.

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"Para nós, não foi mal. Como o partido voltou-se para as disputas nos Estados, e o sucesso desse projeto dependia de alianças diversas, neste sentido foi bom", avaliou o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP).