Em busca de melhores espaços na Mesa da Câmara e nas comissões permanentes, os partidos dividiram a Câmara em três blocos parlamentares, que foram formalizados hoje na Secretaria Geral da Mesa. Dos 513 deputados e dos 20 partidos com representação na Câmara, apenas 17 deputados e três partidos não formaram bloco. Ficaram de fora dos blocos o PV, que elegeu 13 deputados, o PSOL, com três deputados e o PRB, com apenas um.
O maior bloco apóia o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara e é formado pelos seguintes partidos: PMDB PT, PP, PR, PTB, PSC, PTC, e PTdo B, somando 273 deputados. O segundo maior bloco é formado pelo PSDB, PFL e PPS que somam 153 deputados. Esse bloco não tem unanimidade sobre a candidatura à presidência da Câmara. O PSDB e o PPS apóiam o candidato tucano Gustavo Fruet (PR) e o PFL apóia a reeleição de Aldo Rebelo (PCdoB-SP). O terceiro bloco, que também apóia Rebelo, é formado pelo PSB, PDF, PCdoB, PAN, PMN e PHS, somando 70 deputados
O apoio formal dos partidos não significa necessariamente que todos os deputados das bancadas votem de acordo com a orientação do líder. O voto é secreto e todos os candidatos têm afirmado que contam com votos em todas as bancadas partidárias. O tamanho das bancadas e dos blocos interfere na distribuição e na ordem de escolha dos cargos da Mesa Diretora e das comissões permanentes na Casa.
O deputado Lindomar Garson (PV-RO) afirmou que o seu partido não apoiará formalmente nenhum dos candidatos e a bancada está liberada para votar em quem quiser.
Apesar da corrida para a formação dos blocos, a tendência é que eles sejam desfeitos assim que houver a definição das mesas e a eleição dos presidentes das comissões, o que deve ocorrer até o final de fevereiro. Mesmo com a formação do bloco as bancadas de cada partido continuam com a estrutura que têm hoje. No entanto apenas o líder do bloco deve fazer as intervenções em plenário e responde formalmente por todos os partidos que integram o bloco.