Os partidos aliados ao governo fizeram uma reunião prévia antes do encontro com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e decidiram propor a inclusão da reforma política na agenda. Mas ninguém quer pressa em aprovar eventuais mudanças que poderiam entrar em vigor já em 2006.

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O PT deixou claro que não pretende fortalecer o PFL ao aprovar projeto de autoria do presidente do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), já aprovado no Senado, que reduz os gastos e dá maior transparência às campanhas eleitorais em 2006.

Essa posição, contudo, não conta com o apoio do PTB. "Precisamos aprovar qualquer proposta saneadora e esperar decisão da Justiça Eleitoral", afirmou o líder do partido, deputado José Múcio (PE), que participou da reunião da base aliada.

Segundo ele, enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não esclarecer se é possível prorrogar, até 31 de dezembro o prazo das mudanças eleitorais que se encerrou sexta-feira, é preciso iniciar a discussão das propostas na Câmara. Na avaliação de José Múcio, o ideal seria até tentar votar as medidas e, caso não possam entrar em vigor em 2006, que sejam implantadas nas eleições posteriores.

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Para não aprovar a proposta do PFL, o PT deixou a reunião afirmando que a idéia não é cuidar apenas da reforma eleitoral para 2006, defendida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para moralizar as campanhas. O discurso é aprovar uma reforma política ampla, o que significa, na prática, mais adiamento e a falta de vontade política para fazer as mudanças. Os líderes aliados vão tentar com os partidos de oposição desobstruir a pauta da Câmara e retomar as votações.