O Paraná foi o segundo estado brasileiro que mais elevou sua contribuição na geração de renda do país no ano de 2003, segundo dados das Contas Regionais divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com os governos estaduais. De acordo com a pesquisa, o Estado, que em 2002 fechou sua contribuição em 6,1%, passou a contribuir em 6,4% no Produto Interno Bruto do país, firmando-se na 5ª posição no ranking brasileiro, chegando a cifra de R$ 99 bilhões.
O crescimento da participação do Paraná perdeu apenas para o Rio Grande do Sul, que passou de 7,8% para 8,2%. Em contrapartida, As maiores perdas foram registradas em São Paulo e Rio de Janeiro, que passaram de 32,6% para 31,8%, e 12,6% para 12,2%, respectivamente.
De acordo com o economista do Ipardes, Gilmar Mendes Lourenço, o maior dinamismo do Paraná decorreu essencialmente da performance das atividades vinculadas ao agronegócio e/ou à demanda externa. O economista explica que isso se deu pelo bom aproveitamento do Estado quanto às vantagens conjunturais, como a elevação das cotações do commodities e a recuperação da economia mundial.
?Além disso, houve o bom aproveitamento dos fatores estruturais, que incluem a conquista e consolidação de novas frentes de mercados compradores, como o complexo de soja na China e das carnes na Europa, sustentados por expressivos ganhos de qualidade e produtividade da produção regional.?, complementa.
O técnico do Ipardes atenta ainda, para o impacto do Decreto Estadual 949-03, que reduziu o ICMS de 18% para 12% nas operações realizadas entre contribuintes industriais e comerciantes atacadistas dentro do Estado, anulando as diferenças entre as alíquotas interana e interestadual do tributo. ?A medida estimulou a paranização das compras, em face da maior competitividade na formação de preços e da diminuição das necessidades de capital de giro por parte das empresas operantes no Estado?, explica.
Ainda sobre o desempenho do Paraná, o economista atenta para o fato de o estado ter apresentado o sétimo melhor desempenho do país (variação de 5,2% contra 0,5% do Brasil), superando todas as unidades federativas do eixo considerado desenvolvido, formado pelas regiões sul e sudeste. A pesquisa completa pode ser acessada pelo site do IBGE, www.ibge.gov.br.
