Maior produtor mundial de café, o Brasil consolida sua participação no mercado externo que, no ano passado, superou 28%. "Isso não ocorria há 30 anos", informou ontem o secretário de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, Linneu da Costa Lima.
Para o secretário, o crescimento da participação brasileira se deve à melhora na qualidade do produto e aos preços competitivos, que permitem a exportação do café brasileiro para mais de 60 países.
Prevendo um crescimento da demanda mundial para 146 milhões de sacas nos próximos 10 anos, Costa Lima adverte que o Brasil precisará elevar gradualmente a produção para 60 milhões de sacas/ano, a fim de atender as necessidades do mercado mundial, ou seja, destinar 24 milhões de sacas ao consumo interno e 36 milhões para exportação. "Isso em dez anos", ressalta o secretário. A demanda global está estimada atualmente em 119 milhões de sacas
O secretário destaca que o ministro Roberto Rodrigues não admite a perda do espaço conquistado no mercado mundial e destaca os investimentos que vêm sendo feitos no setor. "Em 2005 o Funcafé liberou R$ 12 milhões para pesquisas e este ano serão mais R$ 18 milhões. Para promoção foram destinados no ano passado R$ 4,5 milhões." Para 2006 já estão garantidos R$ 5,6 milhões, mas o ministério está pleiteando suplementação.