Participação de agricultores no Fundo de Aval cresce 1.626%

O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, considera significativo o crescente número de agricultores familiares beneficiados com os recursos do Pronaf, por meio do Fundo de Aval. ?O Programa é uma realidade. A interação entre sociedade e governo está dando certo! Os números comprovam isso?, afirmou.

O coordenador estadual do Programa, Sérgio Aguilar Gutierrez, disse que além das famílias de agricultores familiares já beneficiadas há mais de dois mil projetos protocolados, que devem ser liberados nos próximos dias.

Atualmente no Paraná 150 agências do Banco do Brasil operam com o Fundo de Aval. ?O Programa também envolve todos os escritórios locais da Emater distribuídos pelos 399 municípios do Estado, além dos 330 sindicatos de trabalhadores rurais existentes no Paraná. Estão todos habilitados a trabalhar com o Fundo de Aval?, disse Gutierrez.

Além da Secretaria da Agricultura e do Banco do Brasil, o desenvolvimento do Programa conta com a participação da Agência de Fomento, Procuradoria Geral do Estado, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul)

Segundo Gutierrez, atualmente o maior desafio é permitir o acesso de milhares de agricultores familiares ao Pronaf, pelo Fundo de Aval. ?Muitos agricultores ainda não têm o título definitivo da terra. É o caso de muitos agricultores que herdaram terras, mas devido aos custos para legalizá-las não puderam ter acesso ao título definitivo das áreas. ?Desse jeito, eles não podem participar do Fundo?, concluiu.

Pecuária

Para o coordenador estadual do Programa, a maioria dos financiamentos, por meio do Fundo, é destinada à pecuária leiteira. Ele disse que essa participação do segmento é uma conseqüência do incentivo do Governo do Estado à atividade. ?O Programa Leite das Crianças incentiva a pecuária leiteira, desenvolvida pelos agricultores familiares?, comentou.

Gutierrez lembrou que os produtores que se dedicam à atividade têm mais uma alternativa de mercado. ?Eles vendem a produção para o Governo. Com esse mercado garantido, o agricultor familiar é motivado a investir no segmento?, afirmou.

?Assim, ele utiliza os recursos para melhorar a qualidade dos animais. Os recursos também são aplicados na reforma e formação de pastagem e nas demais instalações necessárias ao desenvolvimento da pecuária leiteira?.

Bicho-da-seda – No Paraná, a atividade (sericicultura) envolve cerca de oito mil agricultores familiares de mais de 230 municípios. Segundo Gutierrez, 70% deles devem precisar de recursos do Pronaf, com apoio do Fundo de Aval, para o desenvolvimento da atividade.

O estado possui 20 mil hectares plantados com amoreiras, usadas na alimentação do bicho-da-seda. A sericicultura gera em torno de 30 mil empregos diretos e indiretos.

Na semana passada, Pessuti participou do 23.º Encontro Estadual de Sericicultores, realizado no município de Terra Rica. O evento reuniu cerca de 1.500 agricultores familiares de 40 municípios da região.

Na ocasião, foi assinado o termo de cooperação entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Secretaria da Agricultura, Banco do Brasil, Associação Brasileira das Fiações de Seda (Abrasseda) e Federação das Associações de Sericicultores do Estado do Paraná (Feaspar), no valor de R$ 18 milhões.

A iniciativa faz parte do projeto de revitalização da cultura do bicho-da-seda paranaense, que vai atender cerca de três mil agricultores familiares durante três anos. ?No momento, estamos na segunda fase do projeto, que consiste na liberação dos recursos através do Pronaf C?, comentou.

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