Parreira sonha com hegemonia em Copas do Mundo

Rio (AE) ? Sempre comedido e avesso a exageros, o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, surpreendeu nesta terça-feira ao afirmar que a conquista da sexta Copa do Mundo, em 2006, assegurará ao País uma hegemonia entre 200 a 300 anos no futebol. Ele argumentou que haverá dois blocos na disputa pela Copa da Alemanha. De um lado estarão Brasil e Argentina e, no outro, os 14 times europeus tentando impedir as duas seleções sul-americanas de chegar ao título. Pareira revelou seu desejo de não enfrentar Portugal na primeira fase da competição, além de querer fugir de um embate contra o time anfitrião.

"Eles não querem que a seleção chegue ao hexa porque quem ficaria mais próximo tem três títulos (Itália e Alemanha). O Brasil hexacampeão seria imbatível ao longo de 200, 300 anos e os últimos resultados mostram que estamos no caminho certo", enfatizou Parreira.

Em seguida, falou sobre o sorteio da Copa do Mundo que ocorrerá na próxima semana. "Brasil, Portugal, Japão e Costa Rica é um grupo possível de ser formado, mas não gostaria que se concretizasse por causa da dificuldade dos adversários. Preferia enfrentar os portugueses mais adiante e, quanto a Alemanha, é melhor nunca enfrentarmos os donos da casa. Se ela cair fora antes…Mas, não tenho medo deles."

Nesta terça, durante a assinatura de um contrato de publicidade com um curso de idiomas, o técnico da seleção admitiu, pela primeira vez, que a situação de Ricardo Oliveira é muito difícil, deixando escapar que ele não deverá estar no grupo da Copa do Mundo, por causa de sua contusão no joelho direito, ocorrida no início de novembro. O jogador será operado e a previsão é a de que sua recuperação termine somente em abril.

Com a provável saída de Ricardo Oliveira, o técnico da seleção apontou os nomes de Nilmar, do Corinthians, e Fred, do Lyon, como os concorrentes à vaga. Destacou que ambos os atletas têm as mesmas características do atacante do Bétis e, por isso, estão na disputa. O ex-atacante do Cruzeiro está na frente, mas precisa assegurar vaga de titular no time francês para consolidar seu favoritismo. Já o corintiano conta com a simpatia do coordenador-técnico do Brasil, Zagallo.

"Na medicina tudo é possível, mas as chances do Ricardo ficaram muito diminutas. Com isso, as chances do Fred e do Nilmar aumentaram muito, porque são pontas-de-lança como ele e não convocarei outro jogador que não tenha as mesmas características porque não quero desequilibrar o time", disse o técnico da seleção, que não se esqueceu de elogiar o atacante Ronaldinho Gaúcho, do Barcelona, premiado na segunda-feira com a "Bola de Ouro", pela revista francesa France Football.

"O Ronaldinho não fica restrito só ao seu talento. Ele não é aquele presepeiro de circo. Mantém seu rendimento e desempenho, é aplicado e hoje realmente é o melhor do mundo. Melhor para a seleção brasileira", frisou o treinador.

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