Foto por: Alexander Joe 
O técnico brasileiro da África do Sul, Carlos Alberto Parreira, indicou nesta quarta-feira, em Pretoria, que “a classificação ainda não está perdida” para os Bafana Bafana na Copa, apesar da derrota por goleada para o Uruguai (3 a 0).
Parreira considerou que a atuação do suíço Massimo Busacca foi decisiva na partida, ao apitar um pênalti por uma falta que considerou inexistente e na qual o goleiro Itumeleng Khune foi expulso, a dez minutos do fim.
“Estou muito furioso. Até agora, é o pior árbitro da competição”, declarou Parreira na coletiva de imprensa após a partida. “Não houve falta e muito menos cartão vermelho. Espero não voltar a vê-lo (em um estádio). Não merece estar aqui”, acrescentou.
Sobre a partida, Parreira considera a goleada muito exagerada se comparada com os méritos de cada equipe e acredita que sua seleção ainda tem chance de selar na última rodada do Grupo A a passagem às oitavas de final.
“O resultado não refletiu a realidade da partida. O Uruguai é um time muito bom, com grandes jogadores, como Forlán. Mas não é o único, é um time sólido e solidário”.
“Sua experiência marcou a diferença nos momentos importantes da partida. Mas a classificação não está perdida, tudo vai ser jogado na última rodada, e pode se decidir por saldo de gols”, afirmou Parreira, ainda mantendo vivas as esperanças da torcida local.
A África do Sul estreou na competição com um empate por 1 a 1 com o México, adversário dos franceses na quinta-feira, na partida que encerra a segunda rodada do Grupo A. “Estamos obrigados a vencer a França. Teremos que ser mais agressivos contra a França”, disse o técnico brasileiro.
“Temos um bom sistema de jogo, mas precisará ser mais agressivo. A França é um time muito bom, mas não é invencível. Estou certo de que nossos torcedores vão continuar nos apoiando, estão orgulhosos deste time”.
Apesar de insistir que acredita na classificação às oitavas, falou pela primeira vez da possibilidade de uma eliminação, dizendo que cair na primeira fase não seria uma vergonha.
“É preciso lembrar que este grupo é o mais difícil, com dois (ex) campeões do mundo. Se não nos classificarmos, não devemos ter vergonha. O time progrediu muito e joga um bom futebol”, defendeu-se.
Na terceira rodada, a África do Sul enfrenta a França, no dia 22 em Bloemfontein.
