Os clubes europeus estão ganhando a queda-de-braço com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e não devem ceder vários jogadores para o amistoso do Brasil com o Haiti, quarta-feira, em Porto Príncipe. A prova disso foi dada no início da noite desta sexta-feira, quando o técnico Carlos Alberto Parreira convocou mais seis atletas para a partida: os meias Pedrinho e Magrão, do Palmeiras, o goleiro Fernando Henrique e o meia Roger, do Fluminense, o atacante Nilmar, do Internacional, e o lateral-esquerdo Adriano, do Coritiba.
O treinador não cortou nenhum dos demais 19 relacionados. Parreira esteve na sede da CBF por várias horas e recebia do supervisor Americo Faria, aos poucos, informações de que vários clubes da Europa estariam firmemente dispostos a não liberar atletas para o amistoso com o Haiti.
O primeiro da lista é o Bayer Leverkusen, que já se manifestou contrário à viagem de Juan e Roque Júnior até Porto Príncipe. Nesta sexta, o Arsenal também foi mais enfático ao comunicar que não quer a participação de Edu e Gilberto Silva no amistoso. O Milan seria outro clube em rota de colisão com a CBF assim como a Internazionale de Milão.
Essa reação dos clubes esbarra em ordem do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, à comissão técnica da seleção, para que nenhum atleta previamente convocado seja liberado do jogo. O dirigente se baseia no apoio formal do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e da Organização das Nações Unidas (ONU) para a realização do amistoso com o Haiti, cuja finalidade é o de promover o processo de pacificação do país.
Os clubes, porém, argumentam que a própria Fifa só autoriza a liberação de seus atletas para amistosos de seleções nacionais se os jogos forem disputados na Europa.
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