terreno de 535 mil metros quadrados cedido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para a instalação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec) já está urbanizado. As obras de infra-estrutura realizadas pela prefeitura terminaram em dezembro, mas as empresas de base tecnológica que serão instaladas no local ainda não podem fazer as malas.

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?Agora dependemos da construção do prédio institucional pelo Governo do Estado, que irá abrigar a administração do parque?, conta a gestora executiva do BH-Tec, Mariana Santos. Por causa de atrasos na elaboração do edital para a construção, não há previsão para o início. ?O comitê gestor também tem de definir os critérios para a instalação das empresas?, explica.

Durante o ano de 2006 os esforços foram concentrados na estrutura física do BH-Tec mas, agora, a prioridade é outra. ?Começamos os contatos com empresas, entidades, incubadoras e pudemos perceber que o Parque é esperado com ansiedade pela comunidade?, afirma Mariana Santos. Além da UFMG, da Prefeitura de Belo Horizonte e do Governo de Minas Gerais, o Parque tem o apoio do Sebrae e da Federação das Indústrias do Estado.

Segundo Mariana, a demanda de empresas interessadas em integrar o parque demonstra a viabilidade do empreendimento. ?Ele acompanha uma vocação natural da cidade e, por isso, nossa expectativa é de que a área seja ocupada com rapidez quando estiver disponível?, afirma.

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Também falta a definição do regimento interno do Parque para selecionar empresas e instituições que farão parte, já que a demanda é grande. ?O regimento deverá estar pronto no final deste semestre e então saberemos mais detalhes sobre a ocupação da área, como a distribuição entre empresas pequenas, médias e grandes, por exemplo?, explica Mariana. Segundo ela, é interessante a participação de grandes companhias mas, com a restrição geográfica, elas não podem tirar espaço das menores. ?Sabemos que uma empresa grande funciona como âncora e beneficia a todas. Mas não podemos deixar de atender as que mais precisam? diz.

Em linhas gerais, a gestora do BH-Tec adianta que poderão participar empresas de base tecnológica que invistam em pesquisa e que tenham interesse e disponibilidade para a interação com a Universidade.

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A princípio não haverá incubadoras dentro do parque. ?Temos cinco incubadoras em Belo Horizonte e identificamos que existe uma demanda de empresas graduadas por elas que ainda precisam de suporte?, explica. Para essas pequenas empresas está previsto um condomínio com áreas e estrutura comuns que proporcionarão diminuição de custos.

Além dos setores de biotecnologia e tecnologia da informação, tradicionais na região metropolitana de Belo Horizonte, têm ganhado destaque empresas com produtos ligados à tecnologias ambientais. Estima-se que o BH-Tec abrigará uma população de três mil pessoas quando estiver plenamente ocupado.