Governo e oposição travam uma batalha para definir se o depoimento do caseiro Francenildo Santos Costa à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos será feito em reunião aberta ou fechada. Após decidir como será a reunião, os parlamentares começarão a ouvir o depoente.
Durante os debates, o senador Tião Viann (PT-AC) informou que recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir que analise se o depoimento está no foco da CPI. "Há uma ameaça clara à privacidade do ministro (Antonio Palocci). Por essa razão usei um direito individual: recorrei ao Supremo"
Francenildo trabalhou na mansão alugada em Brasília por Vladimir Poletto, assessor da prefeitura de Ribeirão Preto na gestão de Palocci. A casa seria usada por assessores para fazer distribuição de dinheiro e para promover festas. Em entrevista publicada nesta semana, o caseiro afirmou ter visto Palocci na mansão "por dez ou 20 vezes".
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) sugeriu que seja assumido o compromisso de deixar aspectos pessoas do ministro fora do depoimento e tratar apenas do possível uso da mansão por assessores para distribuir dinheiro público.
A senadora Heloisa Helena (Psol-PB) afirmou que, se o caseiro ou o ministro estiverem mentindo, a verdade se restabelecerá. No meio dos debates, a senadora dirigiu-se ao depoente: "Só quero fazer uma pergunta: o senhor confirma o que disse até agora?". O caseiro disse que confirma.