Parlamentares coletam assinaturas para prorrogar CPMI

Representantes do PV, PPS e Psol na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas querem prorrogar os trabalhos da comissão até o final de janeiro. As assinaturas de apoio de pelo menos 171 deputados e 27 senadores começaram a ser coletadas nesta terça-feira. A decisão de buscar apoio para a prorrogação foi tomada após o comunicado do presidente da Mesa do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros, de que não interfere nas atividades de nenhuma comissão. Renan Calheiros disse ainda que a própria CPMI das Sanguessugas tem autonomia para tomar a decisão que julgar mais acertada quanto ao seu funcionamento.

Quando alguns parlamentares acenaram com a intenção de adiar o término das investigações, ainda no mês passado, o presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), defendeu que a CPMI concluísse a tomada de depoimentos e a análise de documentos dentro do prazo estabelecido para as investigações, que vai até o dia 19 de dezembro.

Falta de rigor

Biscaia chama a atenção para possibilidade de falta de julgamentos dos parlamentares acusados de suspeita de envolvimento com a "máfia das ambulâncias", investigada pela CPMI. Ele lamenta a falta de rigor dos conselhos de ética e dos plenários da Câmara e do Senado na condução dos processos abertos a partir do relatório parcial da comissão.

O deputado avalia que a população deve voltar a cobrar a aprovação do fim das votações secretas no Legislativo como forma de evitar a impunidade dos parlamentares que tenham cometido irregularidades no mandato. "A não apreciação de processos de cassação de diversos envolvidos no esquema das sanguessugas pode provocar uma mobilização da sociedade que acabe se concretizando, de forma definitiva, o voto aberto".

Mesmo restando poucos dias de funcionamento, a CPMI das Sanguessugas ainda vai ouvir amanhã o delegado da Polícia Federal Diógenes Curado, responsável pelo inquérito sobre o caso do dossiê que seria comprado por integrantes do PT com supostas acusações contra candidatos do PSDB ao governo de São Paulo e à presidência da República.

A reunião está marcada para as 10 horas, na sala 2 da ala Senador Nilo Coelho, no Senado Federal.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo