Os parentes das vítimas do acidente com o Boeing 737-800 da Gol ocorrido em 29 de setembro vão registrar em cartório na segunda-feira a Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907. Um dos objetivos da futura entidade é ter acesso a documentos e investigações da Aeronáutica e da Polícia Federal.

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Os familiares também querem marcar para semana que vem uma audiência com o ministro da Defesa, Waldir Pires. Segundo o representante da associação em Brasília, Jorge André Cavalcante, tio da vítima Carlos Cruz, outra meta será garantir que sejam punidos os culpados e que o governo tome medidas no sentido de evitar outros acidentes.

Cavalcante afirmou ainda que a associação vai ajudar também em 10 processos movidos nos Estados Unidos contra a Excel Air, proprietária do Legacy que colidiu com o Boeing da Gol e contra a Honeywell, fabricante do transponder, que é um dispositivo de comunicação eletrônico complementar, semelhante a um radar diferenciado.

Ele disse que as famílias foram procurados por duas associações, uma de Manaus e outra de São Paulo, que se diziam dispostas a ajudar em questões jurídicas. Sem citar nomes, Cavalcante declarou que essas associações procuram casos de acidentes, oferecem serviços jurídicos e vendem os processos no exterior para advogados interessados no caso. "Não vamos criar nenhum vínculo com esse tipo de associação", assegurou.

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