Parentes das vítimas da chacina da Baixada Fluminense, ocorrida há um mês, vão receber do governo do estado do Rio pensão vitalícia, no valor de um a três salários mínimos, dependendo de cada caso. A pensão vai ser paga aos parentes das 29 pessoas que morreram durante a chacina e a sobreviventes incapacitados para o trabalho.
O cadastro com os nomes dos beneficiados está praticamente pronto. Segundo o secretário estadual de Direitos Humanos, Jorge Silva, a mensagem da governadora deve ser encaminhada à Assembléia Legislativa do Rio em no máximo 30 dias, e a pensão deve começar a ser paga em três meses. Ele explicou que o início do pagamento depende de uma denúncia do Ministério Público que formalize o reconhecimento de que as pessoas foram vítimas de policiais militares.
Nesta segunda-feira (2), o secretário se reuniu com 15 parentes dos mortos da maior chacina ocorrida no estado. Jorge Silva disse que o pagamento da pensão não tira das famílias o direito de elas brigarem na justiça por uma indenização contra o Estado. "Quando eles falaram, me perguntaram se a pensão inviabilizava a ação na justiça por indenização. Eu disse não, pelo contrário, acho até que vocês têm de entrar mesmo, ou seja, concordei com eles", acrescentou.