Parceria une Petrobras com estatal venezuelana

A Petrobras assinou um acordo com o governo da Venezuela que prevê a criação de uma joint venture para operações de bombeamento de petróleo naquele país. O controle da companhia será venezuelano. O acerto faz parte de um plano iniciado pelo governo de Hugo Chávez no início do ano que tinha como objetivo principal a substituição dos chamados convênios operativos, firmados entre 1990 e 1997, que foram declarados ilegais depois que a Venezuela institui uma nova legislação para hidrocarbonetos, no fim de 2001

A Corporação Venezuelana de Petróleo informou ontem ao mercado financeiro que fechou com a Petrobrás um contrato de conversão para a criação da uma nova empresa mista, a Petrowayú S.A., que funcionará no Campo La Concepción, localizado no Estado de Zulia no oeste da Venezuela. Esse campo tem capacidade de produção de 12,3 mil barris diários

A CVP terá 60% das ações da Petrowayú, ante 36% da Petrobras e 4% da Williams International Oil & Gas Limited. A CVP disse ainda no comunicado que "existem possibilidades de aumentar potencialmente o volume produzido nessa área"

Este é o primeiro contrato de quatro convênios que serão assinados entre CVP e Petrobras para exploração de petróleo em solo venezuelano, segundo o chefe da CVP, Eulogio Del Pino. O presidente da filial venezuelana da Petrobrás, Gerson Fernandes, afirmou que a joint venture "ratifica a confiança não apenas entre os dois países, mas também entre as empresas e seus povos"

A assinatura do contrato ocorre em um momento no qual o governo venezuelano busca obter mais recursos da produção privada de petróleo, graças aos elevados preços do produto no mercado internacional

Como conseqüência disso, Chávez exigiu maior controle e benefícios das operações petroleiras na Venezuela, que recentemente transformou 32 empreendimentos privados em "empresas mistas" nas quais a estatal PDVSA tem participação majoritária

Entre as principais empresas petrolíferas que assinaram novos termos com o país destacam-se a Chevron e a holandesa Roy Dutch Shell, que concluiu um acordo de empresa de risco compartilhado com o governo venezuelano na semana passada.

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