Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal vão implantar, a partir do mês que vem, o acordo de parceria para compartilhamento dos terminais de auto-atendimento e da rede de correspondentes bancários, no total de 14.794 pontos em todo o país. O anúncio foi feito hoje, no final da manhã, pelos presidentes do BB, Cássio Casseb, e da CEF, Jorge Mattoso.
Inicialmente, funcionará uma experiência-piloto, até o mês de junho, em três cidades de diferentes regiões: Brasília, Curitiba e outra localidade a ser definida. Nessa fase, serão disponibilizadas transações de saque e consulta a saldos. Em junho, o compartilhamento será expandido às demais regiões, com implantação, também, de outros serviços básicos comuns à atividade bancária.
De acordo com Mattoso, o compartilhamento deve estar concluído até o fim deste ano, de modo a abrir caminho para a participação de outros bancos, a partir de 2005. “Além de melhorar a qualidade dos serviços prestados, a parceria também vai possibilitar redução de custos operacionais e oferecer mais comodidade aos clientes”. O vice-presidente de Varejo do BB, Edson Monteiro, afirmou que o mais importante é que tudo isso será feito “sem custo adicional para o correntista”.
Casseb lembrou que o compartilhamento de redes é comum nos Estados Unidos e na Europa, tanto para reduzir custos quanto para aumentar a capilaridade do atendimento. A parceria BB-CEF, segundo ele, tem também o objetivo de fortalecer o relacionamento das duas instituições bancárias federais, que já realizam compras conjuntas de suprimentos, via leilão eletrônico, para redução de preços.
O presidente da Caixa disse que o compartilhamento não significa que poderá uma fusão no futuro. “Não tem nada a ver. BB e Caixa têm características próprias, e vamos continuar competindo. Agora, onde houver oportunidade para trabalhar juntos, assim faremos”. A parceria, segundo ele, “libera energia para a competição”.
De acordo com o presidente do BB, o compartilhamento é bom para as duas instituições, para os clientes e para os demais bancos que desejem se incorporar. O objetivo, segundo ele, é induzir o mercado a um processo que “vai ser extremamente benéfico para o país”.
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