A Secretaria de Estado da Saúde renovou uma parceria com a Associação NLR Brasil, ONG holandesa que está apoiando o plano de ação estadual de combate à hanseníase para este ano. A contribuição da organização será com apoio financeiro à Coordenação Estadual e Regional e dando suporte à Programação Estadual. A renovação da parceria aconteceu nesta terça-feira (24) durante uma reunião na sede da Secretaria.
?O trabalho conjunto é importante para promovermos o diagnóstico precoce da hanseníase, que é uma doença que tem cura e tratamento gratuito?, afirmou o secretário Cláudio Xavier. Além do secretário, participaram do encontro o diretor-técnico da Ong, Pieter Schreuder, além da chefe da Coordenação dos Programas Especiais, Maria Angélica Lima Motta Vieira, coordenadora do programa estadual de hanseníase, Nivera Noemia Stremel, assessor especial Luiz Armando Erthal e consultora do Ministério da Saúde, Maria Elizabeth Lovera.
Neste ano, a Ong vai repassar cerca de R$ 120 mil para a Secretaria, valor que será destinado a compra de 750 pares de tênis para pacientes, realização de reciclagem dos centros de referência, atualização dos profissionais destes centros, promoção de campanhas para eliminação da doença, participação em congressos, entre outras ações.
A Secretaria ainda está implantando o diagnóstico e tratamento da hanseníase, na rede básica de saúde do Estado, aperfeiçoando o sistema de vigilância epidemiológica. Com isso promove também a integração com a atenção básica e capacitando profissionais.
A doença
A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae. Ela afeta principalmente nervos, os olhos e a pele do infectado. A transmissão ocorre apenas por meio de contato com pacientes não-tratados. O tratamento dura cerca de um ano e o paciente não precisa ficar internado, porém não pode deixar de se medicar.
Segundo explicou o secretário, com a primeira dose do remédio, 90% dos bacilos são eliminados e a doença deixa de ser transmitida. Todos os municípios do Paraná têm acesso gratuito ao tratamento. A hanseníase tem cura, por isso é importante que o tratamento seja iniciado o mais breve possível. ?A hanseníase não mata e com os cuidados a cura é completa. As lesões são causadas nos nervos periféricos (mãos, pés, olhos) com o diagnóstico a pessoa pode começar o tratamento no próprio posto de saúde?, disse a coordenadora do programa de combate a doenças infecto-contagiosas da Secretaria, Elisabeth Sense.
Os principais pontos de referência no Estado estão situados em Curitiba, no Centro Regional de Especialidades (CRE) Metropolitano e o outro é o Hospital de Dermatologia Sanitária São Roque que fica na Região Metropolitana de Curitiba, em Piraquara. No Paraná, existem 1551 casos novos e 2203 pessoas em tratamento da doença. Esses são números preliminares de 2004. Em Curitiba foram detectados 89 casos em 2004 e na Região Metropolitana 221 casos.