Na competição cada vez mais acirrada do exigente comércio mundial de produtos de origem agrícola e animal, tornou-se imperioso não apenas adotar, mas levar a termo uma programação extremamente rígida de aplicação das normas que resultem na melhoria das condições sanitárias e segurança alimentar. E, nesse sentido, o papel dos governos é de fundamental importância.

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No caso brasileiro, que é emblemático da pressão exercida pelos parceiros do comércio internacional pelo avanço qualitativo da produção primária, em maior escala os tradicionais compradores da União Européia, o Ministério da Agricultura desenvolveu uma gestão especial para contar com um orçamento mais substancial para as ações de defesa agropecuária em 2008.

O anteprojeto da Lei Orçamentária do próximo exercício, encaminhado pelo Executivo ao Congresso, prevê maior dotação de recursos para aprimorar a rede de laboratórios de análises de produtos animais do Ministério da Agricultura, além da vigilância e fiscalização do trânsito de animais nas áreas de divisa estadual, com vistas à erradicação da febre aftosa e prevenção das demais doenças animais.

Trata-se de medida de extraordinária validade e, sem a menor dúvida, da resposta definitiva em termos de credenciamento que nosso País oferece ao mercado importador de alimentos de qualidade certificada.

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A proposta que o Congresso deverá aprovar antes do final do ano, por exemplo, aumentará para R$ 86,5 milhões, com 108% de aumento, os recursos destinados ao Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, um dos pontos mais sensíveis do complexo da defesa agropecuária.

Ninguém mais discute a necessidade de injetar recursos na implantação de projetos reconhecidos por sua eficiência no combate à disseminação de doenças animais, sobretudo, depois do volumoso prejuízo causado à indústria brasileira de carnes pelo embargo imposto por 59 países à carne bovina nacional, em função da descoberta do foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, em 2005.

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Mesmo assim, alguns setores importantes da vigilância sanitária sofrerão cortes orçamentários, como os recursos para inspeção industrial e sanitária de produtos e derivados de origem animal e controle de resíduos contaminantes. Segundo o Mapa, não é possível fazer tudo duma só vez, mas a ordem do ministro Reinhold Stephanes é continuar avançando.