Chuniti Kawamura / O Estado |
Moradores e prefeitura calculam os prejuízos causados pela enchente. |
O dia está sendo de muito trabalho em Paranaguá, no litoral do Estado. Depois de uma forte chuva que caiu por quase três horas ininterruptas na tarde de ontem, desabrigados começavam a voltar para suas casas e contabilizar os prejuízos.
Segundo a Defesa Civil, 120 pessoas tiveram que procurar abrigo nas casas de parentes, vizinhos e amigos. Sete residências tiveram suas estruturas danificadas. Os bairros mais atingidos foram: centro, São João, Parque Agari, Embaguaçu, Cominez e Divinéia.
Na Avenida Belmiro Sebastião Marques, na Vila dos Comerciários, moradores queimaram pneus com a intenção de chamar a atenção da Prefeitura e exigir a realização de obras que – em casos de chuva forte como a observada no domingo – possam evitar novas tragédias.
No bairro Nilson Neves, parte da Rua Chico Bento afundou, levando com ela a residência do jardineiro Maurício Profiro Santana, que perdeu todos os seus pertences. Junto com a esposa e os dois filhos pequenos, Maurício teve que contar com a solidariedade de vizinhos. ?Estou completamente perdido. Não sei o que fazer, pois tudo que eu tinha foi levado pela água. Nada se salvou. É desesperador?, afirmou.
No centro de Paranaguá, muitos estabelecimentos comerciais deixaram de abrir. Os funcionários passaram grande parte do dia retirando lama, água e produtos estragados.
O prefeito Mário Roque passou a manhã percorrendo os bairros atingidos e conversando com os moradores. ?A cidade é plana e a chuva foi muito forte. Há muita coisa destruída?, declarou. ?Vamos ter que realizar aterros, consertos e manilhamento em diversas regiões da cidade?, prometeu.
Segundo o Simepar, o litoral do Estado deve ter tempo bom nos próximos dias. Podem ocorrer chuvas em alguns locais, mas não estão previstas grandes tempestades como a de domingo. (Leia mais na edição de amanhã de O Estado do Paraná)