Lideranças políticas e moradores de Paranaguá e Antonina estão reagindo contra a tentativa de privatizar os portos do Paraná. ?Vejo esse decreto como uma atitude politiqueira, porque se os deputados, que lutam pela federalização e, posteriormente, pela privatização dos nossos portos estivessem agindo de forma política em momento algum contrariariam os interesses do Paraná. Este tipo de atitude vem ao encontro de algum interesse individual?, desabafou Cleber Fonseca, prefeito de Antonina.
Em sua opinião, a intervenção do governo federal em nossos portos, como pretende o deputado Ricardo Barros, é descabida, ?tendo em vista que o Porto de Paranaguá é referência nacional e mundial, além de sua atual administração ser sinônimo de competência?, destacou.
O vereador Alceu Maron Filho, de Paranaguá, disse que considera um absurdo que a proibição do embarque e desembarque de soja trangênica tenha servido de pano de fundo dessa discussão, quando ?sabe-se que, por trás de tudo isso, estão alguns empresários, desinteressados com o andamento do porto, mas incomodados com a presença do poder público na regulamentação da atividade portuária. E isso contraria o interesse deles, porque notam que o Estado está administrando o porto em favor da economia do Paraná?.
A população é unânime na defesa do porto de Paranaguá. O arrumador Humberto Ramos, que há mais de 30 anos atua na atividade portuária, garante que o porto melhorou muito nos dois últimos anos. ?E quem saiu ganhando foi a cidade, porque a administração do porto pavimentou várias ruas de acesso. Não faz muito tempo, isso aqui era um caos?, disse.
A dona de casa Alcídia Fernandes acredita que o porto continuará sendo administrado pelo governo do Paraná. ?Se depender de minha família, o porto será sempre nosso?. Esta é a opinião do músico Alisson Cordeiro, para quem a nova administração do porto trouxe mais emprego e desenvolvimento para a cidade. ?Portanto, deve continuar com o Paraná?.
