O óleo de xisto pode ser um substituto do óleo combustível para as indústrias. Menos poluente, é uma alternativa para reduzir custos e facilitar o manuseio em fábricas. O xisto pode ser usado em aquecimento de piscinas, hotéis ou em hospitais, para aquecer a caldeira. Hoje, geralmente utiliza-se o óleo diesel para essas atividades. O xisto poderia ainda ajudar a evitar um apagão energético. Ainda pouco conhecido e de uso recente, o xisto aparece em rochas sedimentares e é no município paranaense de São Mateus do Sul que se encontram as maiores concentrações do minério, onde existe uma usina da Petrobras para processar o xisto, a Superintendência Industrial de Xisto (Petrobras SIX).
Com baixa viscosidade, o óleo de xisto elimina a necessidade de uso de aditivos e propicia uma combustão mais eficiente. ?Para as empresas que utilizam xisto em suas caldeiras, há economia na manutenção?, ressaltou o empresário Luciano Spessato, diretor da Visual Distribuidora de Petróleo. Segundo ele, o xisto ainda reduz as intervenções e paradas para manutenção, desobstrução e limpeza de linhas, bombas, válvulas, bicos, maçaricos e evita a corrosão precoce. No Paraná, o xisto já é utilizado na indústria alimentícia e por indústrias de asfalto, que antes usavam o biodiesel. ?O óleo de xisto não endurece e não precisa de pré-aquecimento, pois possui uma baixa temperatura de fluidez?, explicou Spessato. A Visual, de Campina Grande do Sul, é a primeira distribuidora do xisto, além da própria Petrobras.
