O vale-transporte metálico só será aceito nos ônibus da capital até o próximo dia 17 de setembro, mas quem tiver as fichas metálicas mesmo a partir dessa data poderá trocá-las por créditos em passagens na Rede Integrada de Transporte.
O anúncio foi feito ontem, depois de duas horas de reunião a portas fechadas entre o coordenador do Procon-PR, Algaci Tulio; a presidente da Urbs, Yára Eisenbach; procurador-geral do município, Maurício de Ferrante; secretário estadual de Assuntos Metropolitanos, Edson Strapasson e presidente do Sindicato dos Jornaleiros do Paraná, Gregório de Bem.
“Nenhum usuário terá prejuízo com esta mudança. Todas as fichas metálicas serão trocadas a partir do cadastro junto à Urbs”, garantiu o coordenador do Procon, Algaci Tulio, que desistiu de entrar com ação que pediria um limite maior para que os usuários utilizassem os vales. “Como ficou decidido que não haverá prazo para trocar a ficha metálica, e o que a gente pediria na ação seria exatamente isso, não apresentamos pedido de liminar”, justificou Tulio. Conforme acordo firmado ontem entre as partes, a ficha metálica será aceita apenas até o dia 17, mas a substituição por crédito em passagem junto à Urbs será por tempo indeterminado.
Cadastro
De acordo com a presidente da Urbs, Yára Eisenbach, as pessoas que possuem uma grande quantidade de vales em estoque e que não os utilizarem dentro do prazo, deverão se cadastrar pelo 156. Segundo Yára, a Urbs já começou a chamar os cadastrados. “Não precisa haver corrida à Urbs. A empresa estará fazendo a substituição independentemente do volume”, garantiu Yára. Ela lembrou ainda que existem pessoas vendendo a ficha por até R$ 0,30, mas orientou que os usuários não as comprem.
Com a substituição, uma das metas é coibir a falsificação de vales. Segundo estimativa da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), pelo menos 30% das fichas metálicas que circulam em Curitiba e região são falsas. A presidente da Urbs informou que só será aceita a troca de vales verdadeiros. Para tanto, haverá funcionários treinados na Urbs para identificar a veracidade das fichas. “Quem comprou as fichas na Urbs ou nas 22 bancas cadastradas têm a garantia de ter adquirido vales verdadeiros”, comentou Yára. Segundo o presidente do Sindicato dos Jornaleiros, Gregório de Bem, entre 700 e 800 bancas de Curitiba e Região Metropolitana comercializavam o vale, mesmo sem o cadastro. Para os donos das bancas, haverá um acordo via sindicato para a troca por créditos ou dinheiro, segundo de Bem.
O sistema de cartões eletrônicos deve estar totalmente implantado em meados de novembro. Até lá, a alternativa será pagar o transporte coletivo com dinheiro ou utilizar o vale papel, que tem validade de um mês e, por isso, recomenda-se que as pessoas comprem somente o número de bilhetes que vão usar neste período.
