Votação da reforma deixa servidor surpreso no Paraná

Um dia depois da votação da reforma da Previdência em primeiro turno, em Brasília, na terça-feira à noite, servidores públicos federais ocuparam ontem a escadaria da Praça Santos Andrade, centro de Curitiba, para protestar contra o resultado. A maioria dos sindicatos estará reunida amanhã, em assembléia, para definir as estratégias a serem tomadas daqui para frente.

“A votação é um fato novo que tem que ser avaliado pela categoria”, comentou Jelnires Galindo, da Unafisco Sindical – entidade que representa os funcionários da Receita Federal. A Unafisco se reúne amanhã em assembléia, para discutir os rumos da paralisação. Os servidores da Receita estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 29 de julho.

O Sinditest (Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos do Terceiro Grau) também se reúne amanhã, em assembléia. Segundo o presidente Antônio Néris, a paralisação dos servidores na UFPR atinge quase 60% da categoria. No Hospital de Clínicas, a adesão é bem menor, informou.

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em greve desde o dia 8 de julho, se reúnem amanhã para avaliar a votação e, na segunda-feira, realizam assembléia para definir os rumos da greve. Em Curitiba, todos os postos do INSS permanecem fechados. Ontem, o servidor Paulo Tadeu Pereira, do Sindiprevis, queimou sua carteirinha de filiação do PT. “Tive uma decepção muito grande, eu me sinto traído. Algumas coisas da reforma da Previdência, que deveriam ter sido discutidas com os servidores, não foram. A discussão foi apenas com os banqueiros”, reclamou.

IBGE

O presidente do sindicato que representa os funcionários do IBGE, Luís Almeida Tavares, também não escondia sua revolta. “A votação ontem (terça-feira) pegou todos de surpresa, não só os servidores públicos. Isso nos deixou muito tristes, não tanto pela derrota, mas pela prática política”, declarou. “Trabalhamos 23 anos para eleger o Lula e quando conseguimos, ele age dessa forma. É a maior decepção em termos políticos.” Os servidores do IBGE estão realizando paralisação de 72 horas que termina hoje. As novas estratégias do movimento devem ser tomadas amanhã, durante assembléia.

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