Crimes virtuais que visam o roubo de informações pessoais, arquivos, senhas bancárias e até fotos íntimas, não são novidade pra quem usa a internet. E hoje, além dos computadores, as pessoas também estão vulneráveis aos golpes quando acessam suas redes sociais ou navegam pela web em seus celulares. Isso porque os criminosos têm acompanhado de perto o surgimento de novas tecnologias, como Whatsapp e Facebook, desenvolvendo ataques específicos.
Para o Delegado do Núcleo de Combate Aos Ciber Crimes (Nuciber) Demétrius Gonzaga de Oliveira, também preocupa a garimpagem dos dados cadastrais das pessoas, que vem sendo usados como mercadoria no comércio ilegal de informações. “A privacidade está correndo o sério risco de se tonar uma letra morta no Brasil. E infelizmente as pessoas contribuem isto quando fazem mau uso da tecnologia ou distribuem informações pessoais sem controle. No Brasil, alguns sequestradores já confessaram utilizar as redes sociais para ter detalhes sobre vítimas. Por isso, pare e pense o que você está fazendo com suas informações. É um cuidado pode evitar muitos riscos”, alerta.
É importante usar o bom senso
Segundo o engenheiro especialista em análise de fraudes e crimes digitais Christian Bachmann, o smartphone se tornou alvo, porque funciona como computador. “Para prevenir ataques, no iPhone, jamais use o sistema jailbreak para desbloquear o celular e permitir a instalação de software pirata. Em celulares com sistema Android e no Windows Phone, vale a pena instalar
antivírus”.
No Whatsapp, a recomendação é ter bom senso. “Um dos ataques recentes é o envio de cupons de desconto de lojas famosas mediante preenchimento de dados. Não são reais e quando o usuário preenche seus dados, fornece informações pessoais para o criminoso”, diz Christian.
Empresas seguras
De acordo com a explicação do professor titular da Escola de Direito da PUC-PR, José Renato Gaziero Cella, em caso de golpes, quanto maior for a responsabilidade atribuída aos fornecedores dos serviços, maior é o investimento feito por eles em sistemas de segurança.
“É um fato que se vê, por exemplo, nos serviços bancários, em que as instituições financeiras desenvolvem continuamente novas ferramentas de segurança”, aponta Cella.
Já no caso de serviços sediados em outros países, a distância e as diferenças na legislação podem dificultar a responsabilização de pessoas e empresas.
Aplicativos
Outra dica importante é só fazer download de aplicativos de locais seguros, como os sites dos fabricantes.
