Uma pesquisa realizada pela Delegacia de Homicídios da capital revela que 80% das pessoas, que morrem vítimas de homicídio, estavam envolvidas com o crime. O levantamento foi feito com 100 boletins de ocorrência registrados no período de 1 de janeiro a 22 de março de 2008.

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?Geralmente quando morre um cidadão de bem em Curitiba ele é vítima de um latrocínio (roubo com morte), como foi o lamentável caso da pró-reitora. E, latrocínios em Curitiba, no ano passado, por exemplo, tivemos 19, média de um a cada 20 dias, num universo de mais de 580 assassinatos. As vítimas de homicídios geralmente, como comprova a pesquisa, estão envolvidas com a criminalidade?, explicou o secretário Luiz Fernando Delazari.

Dentro do período em que a pesquisa foi realizada, ao todo foram registrados 173 boletins, mas 73 não puderam ser utilizados, porque não existiam informações suficientes para traçar os perfis da vítima e do autor. ?Pegamos somente aqueles cidadãos que podíamos incluir com certeza nos grupos?, explicou o delegado Jaime da Luz, titular da DH.

DROGAS

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O levantamento mostra que 36% das vítimas dos homicídios deste ano eram usuárias de drogas, 11% eram traficantes e 10% morreram por causa de dívidas de drogas. Do total de vítimas traficantes, 80% já possuíam antecedentes criminais. Além disso, 18% das vítimas já tinham antecedentes criminais e 5% estavam envolvidas em dívidas ou negócios ilícitos diversos. ?Do total de vítimas registradas aqui e que tinham antecedentes, 40% tinham antecedentes por roubo, 35% por furto, o restante foi por tráfico e homicídio?, complementou o delegado.

Já o perfil dos autores revela que 56% eram traficantes, 38% já tinham antecedentes criminais e 6% eram alcoólatras. Já os antecedentes dos autores revelam uma diversidade de crimes já cometidos pelos homicidas, entre eles roubo, com 30%, homicídio, com 20%, tráfico de drogas, com 17%, e receptação, com 13%. ?O que chama a atenção é que 20% já tinham antecedentes por porte ilegal de arma, ou seja, já possuíam predisposição para ferir alguém?, disse o delegado Luz.

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