A Comissão de Urbanismo da Câmara Municipal de Curitiba não achou graves problemas na casa noturna Moinho São Roque, vistoriada ontem. A vistoria foi motivada pelo início de confusão que aconteceu no local no último sábado, quando o show do grupo de pagode Fundo de Quintal foi cancelado.
Segundo o vereador Jorge Bernardi (PDT), presidente da comissão, o dono da casa, Osmar Duílio Valverde, disse que apenas locou e não organizou o evento.
“O problema foi que o promotor quis pagar o grupo com um cheque”, contou o vereador. “Eles não aceitaram e se recusaram a se apresentar. Aí, quando souberam que não haveria mais o show, algumas pessoas mais exaltadas jogaram duas garrafas nos espelhos do banheiro feminino e quebraram o vidro da porta de entrada, gerando princípio de tumulto.”
Segurança
Entretanto, na vistoria feita na casa noturna, a maioria dos itens de segurança foi encontrada e, segundo Jorge Bernardi, o Moinho São Roque deve estar apto a receber shows para até 2.300 pessoas. “Existem hidrantes, quatro saídas de emergência, o palco é seguro feito de alvenaria, além da documentação com laudos da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros estar regular”, salientou o vereador, destacando que o relatório final da vistoria deve ser favorável à continuidade dos shows no local.
Gauchescos
O vereador lembrou que esta semana a comissão também se reuniu com representantes de doze clubes gauchescos e sertanejos tradicionais da cidade. Eles reclamam um prazo maior para adequações quando passam pelo processo de renovação do alvará.
“Hoje são trinta dias, eles pedem 120 dias. Vamos ouvi-los oficialmente quando o projeto de liberação de show da Prefeitura chegar na Câmara”, disse.
Há também a reclamação sobre a demora do município para liberar alguns locais. “Vamos debater isso, para que a nova lei seja benéfica tanto para o município, como para as pessoas que organizam eventos na capital”, concluiu o vereador.
