Ela andava pela Rua Pedro Eloy de Souza, ao lado de sua bicicleta, de costas para uma bela vista a partir do Bairro Alto: a Serra do Mar ao fundo e a cidade de Pinhais. Mas este não é o único local de contemplação no bairro.
Na Rua Henrique Correia, os Caçadores de Notícias descobriram um terreno abandonado, em uma esquina, e ali conseguiram avistar o Estádio do Pinheirão, o Jockey Club, prédios próximos do Jardim Botânico e até o popular prédio da Telepar e a Torre Panorâmica da Oi, no bairro Mercês. Na Rua Rio Negro também é possível enxergar mais do bairro Tarumã, incluindo o pátio do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR).
Origem
O Bairro Alto se chama assim justamente por estar em uma das áreas mais elevadas de Curitiba. Além desta enorme vantagem, a região carrega uma grande importância histórica sobre o desenvolvimento da cidade. Os primeiros colonizadores portugueses, no século XVII, saíam do litoral do Estado em direção ao Primeiro Planalto (onde está Curitiba) para buscar ouro. Eles ficavam instalados às margens dos rios Atuba e Bacacheri durante a viagem. Esta área, chamada de Vilinha, é considerada por muitos o verdadeiro Marco Zero de Curitiba. Em 1972 foi criado o Parque Histórico de Curitiba nas margens do Rio Atuba e no ano passado foi inaugurado, dentro do parque, o Centro Cultural Vilinha.
A ocupação do bairro começou mesmo a partir da década de 1940, quando foi feito um loteamento da propriedade da família Castilho. O Bairro Alto foi criado oficialmente em 1975, através do decreto municipal 774/1975.
Na mira
As funcionárias da Panificadora Doce Magia há meses trabalham sem sossego. “Em dois meses foram três assaltos e um arrombamento. Teve uma semana onde os bandidos aprontaram duas vezes”, lamenta Annelize Beatriz Lopes. Os bandidos fingem ser clientes e depois mostram as armas. “Cada pessoa diferente que entra deixa a gente apavorada”, comenta Jeanete Lopes.
Desrespeito
O cruzamento das ruas Jornalista Alceu Chichorro e Adílio Ramos virou palco de acidentes. Os moradores atribuem o problema à falta de sinalização, já que as batidas ocorrem normalmente pelo desrespeito à preferencial (Adílio Ramos). Eles ultrapassam o cruzamento sem parar.