Parada Gay

Violência e igualdade de direitos deram o tom da Parada Gay em Curitiba

Com produções exuberantes ou vestindo roupas do dia a dia, milhares de pessoas participaram, ontem, da 17ª edição da parada da Diversidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) de Curitiba, que teve por tema “Seus direitos, nossos direitos, direitos humanos – por um Paraná livre do racismo, machismo e homofobia”. A alegria e o colorido tomaram conta da Avenida Cândido de Abreu, junto a cartazes e reflexões sobre violência contra as minorias e a igualdade de direitos para os homossexuais.

Aliás, neste ano, as servidoras públicas municipais Verônica Mees Manzi e Maísa Teresa Manzi, foram uma das estrelas da parada por terem sido o primeiro casal de Curitiba a se casar no civil, no mês de agosto, após o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar as uniões estáveis homoafetivas.

Verônica destaca que foram necessários 10 anos para realizar esse desejo. “Hoje posso dizer que sou casada e assinar com o sobrenome dela, não é mais necessário provar nada”, destacou.

Entretanto, ela e sua companheira reconhecem que a sociedade ainda carece de muitos avanços no que abrange a tolerância. Segundo a Associação da Parada da Diversidade, que organiza o evento, o Grupo Gay da Bahia (GGB), que monitora as notícias de violência contra homossexuais no país, apontou Curitiba como líder no ranking de agressões a gays e travestis no país. “O monitoramento é baseado no que é divulgado na imprensa”, explicou o assessor de comunicação da Parada, Igor Francisco Konrath.

Ele conta que apesar da parada em Curitiba não ser tão expressiva em número de participantes, ela é uma das mais politizadas. Aliás, o fato do evento deste ano ocorrer no domingo que antecede as eleições serviu para os organizadores reforçarem o caráter apartidário da mobilização. “Seguimos a risca o que diz a lei eleitoral, mas chamamos a atenção dos integrantes do movimento LGBT da importância de discernir quem pega carona com o movimento e quem realmente está compromissado com nossas questões”, defendeu Konrath.

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