O governador Roberto Requião reabriu, ontem, uma das maiores atrações turísticas do Paraná, o Parque Estadual de Vila Velha, a seis dias de completar dois anos de inatividade. ?O parque é reaberto com as devidas cautelas para garantir a sua preservação?, afirmou o governador, ao cumprimentar as organizações não-governamentais ?que impediram a abertura desregrada do parque?.
A abertura do parque prevê o limite diário de 800 visitantes que terão, inicialmente, acesso somente aos arenitos e à Lagoa Dourada. Furnas estará disponível para visitação dentro de 30 dias, após ordenamento do uso do teleférico e reestruturação da parte administrativa. ?Não estamos tratando da Disneylândia e sim de um parque geológico que deve ser preservado e visitado, sobretudo, para estudo?, afirmou Requião.
O período inicial será analisado e poderá servir de parâmetro para a alteração no limite de visitantes. O novo conceito de visitação também será avaliado antes da abertura completa, que ocorre com a liberação da área de Furnas. ?Toda cautela é necessária, pois se trata de um espaço pedagógico, antes de ser turístico, e de um patrimônio da humanidade?, salientou o governador, que anunciou ainda um plano semelhante para a região do cânyon do Guartelá. Com recursos oriundos de multas aplicadas por infrações ambientais, por meio do Fundo Estadual do Meio Ambiente (Fema), o governo do Paraná realizou um plano de revitalização para dotar o parque de infra-estrutura adequada para visitação pública e restabelecer o seu equilíbrio ecológico. Vila Velha tem, além da notoriedade geológica de seus arenitos, uma importância ecológica significativa para os ecossistemas da região dos Campos Gerais. Em seus limites estão preservados capões com mata de araucária e campos nativos. Fora dos limites do Parque, encontram-se ecossistemas similares aos protegidos pela unidade de conservação, porém com seus ambientes já degradados ou parcialmente alterados.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, disse durante a solenidade de reabertura do Parque Estadual de Vila Velha, que atualmente, o Parque tem infra-estrutura adequada para visitação pública para assegurar o equilíbrio ecológico, que pôde ser restabelecido. Segundo Cheida, a reabertura acontece com um novo caráter. ?Não de parque de visitação de massa, mas voltado à contemplação de um monumento geológico formado ao longo de milhares de anos e com todos os cuidados para a preservação do ambiente?, disse. ?O Parque de Vila Velha passa a associar lazer e segurança com conhecimento ambiental. Isso é fundamental?, completou Cheida. Para ele, este é um novo período no qual os cidadãos serão bem orientados com relação às normas de segurança para proteção do meio ambiente.
O importante é que, antes de reabrir o parque, foram debatidos os problemas e condições de uso do local e em seguida, preparado um projeto adequado.
De acordo com o plano de uso e manejo do Parque, elaborado por técnicos, ambientalistas, professores da UFPR (autores da ação popular que impedia reabertura do Parque de Vila Velha), a capacidade do Parque é para receber 800 visitantes por dia.
Para chegar a este número, os técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Instituto Ambiental do Paraná IAP – utilizaram critérios estruturais e fizeram cálculos relacionados à capacidade de carga (fragilidade) das trilhas de acesso aos atrativos do parque. Isso para minimizar o impacto ambiental nestes caminhos, que são importantes na conservação do local.?O que se quer, na verdade, é propiciar o desenvolvimento de atividades educativas e recreativas em baixa intensidade, compatíveis com o ambiente natural?, declarou o presidente do IAP, Rasca Rodrigues. Para ele, a visitação orientada, além de trazer conteúdo histórico e informativo, assegura a preservação ambiental dos monumentos para as futuras gerações. As trilhas permitem a interpretação da fauna e flora e deverão ser utilizadas para o desenvolvimento de dinâmicas de interpretação ambiental, aplicadas pelos monitores dos visitantes. Apenas na trilha dos arenitos, principal do Parque, são 2.500 metros de percurso durante aproximadamente duas horas. Segundo o secretário de Meio Ambiente, após a reabertura do Parque de Vila Velha a Secretaria e o IAP ?irão se voltar inteiramente para o canion do Guartelá?, que deverá ter um conselho gestor e um plano de manejo adequado nos moldes de Vila Velha. ?O Paraná recupera mais um grande atrativo turístico e volta a atrair visitantes graças à ação do governador Roberto Requião, que soube conduzir as negociações com ambientalistas?, disse também o secretário de Turismo, Cláudio Rorato.
As ações de preservação será custeadas com ingresso para visitação. Estudantes, idosos e pessoas naturais ou residentes na região de Ponta Grossa têm desconto no valor da entrada.
Preços para visitação são acessíveis e diferenciados
Valor inteiro (para visitação à Arenitos e Lagoa Dourada): R$ 12,00. Meia Entrada: R$ 6,00
Componente Arenito (para visitação somente a Arenitos):
Ingresso Inteiro: R$ 7,00 Ingresso subsidiado: R$ 3,50 (moradores do entorno do Parque Estadual de Vila Velha desde que comprovem residência e estudantes mediante comprovação).Componente Lagoa Dourada (para visitação somente a Lagoa Dourada).
Ingresso Inteiro: R$ 5,00 Ingresso subsidiado: R$ 2,50 (moradores do entorno do Parque Estadual de Vila Velha desde que comprovem residência e estudantes mediante comprovação).
Isenção de Taxa: Menores de 6 anos, maiores de 60 anos, portadores de deficiência física e pesquisadores devidamente autorizados. Escolas da rede pública, desde que agendadas previamente, exceto nos finais de semana e feriados. Paraná Turismo: (041) 254-6933.
