Depois de deixar sem salário os funcionários do serviço de limpeza que atuam na Prefeitura de Curitiba, a empresa Ambiental Vigilância acabou fazendo o mesmo com 2 mil vigilantes que trabalham em todo o Estado. Para garantir o pagamento dos salários do mês de julho, o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região entrou com uma medida cautelar na Justiça do Trabalho, pedindo que as empresas que contrataram o serviço paguem em juízo o que devem à Ambiental. O pedido foi acatado na última sexta-feira.

Segundo o presidente do sindicato dos vigilantes, João Soares, na semana passada a Ambiental Vigilância comunicou ao órgão que não teria condições de pagar os salários do mês de julho, nem as horas extras, férias e muito menos a rescisão de contrato. O sindicato entrou na Justiça para garantir pelo menos os salários. Soares não sabe como vai ficar o pagamento dos demais direitos, já que a folha de pagamento da empresa é de R$ 1,238 milhão, e a empresa fatura R$ 2,5 milhões. “O que sobra não dá para fazer a rescisão de contrato de todo mundo”, observa.

Ele afirma que durante o processo de licitação alertou os contratantes do serviço sobre o problema: “Para ganhar os contratos, a Ambiental colocava preços inexeqüíveis, que mal davam para pagar o piso dos vigilantes”.

Entre as empresas que contrataram os serviços da Ambiental estão Banco do Brasil, Banco Central, Detran, Sanepar, IBC (Ministério da Agricultura) e Caixa Econômica Federal. A Sanepar diz não ter sido notificada pela Justiça, mas assim que receber a ordem, fará o depósito em juízo. O Banco do Brasil informou que fará o depósito em juízo. Já o Detran aguarda a notificação. Mais uma vez, O Estado não conseguiu contato com a Ambiental.

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