Vigilantes mantêm greve e funcionários do HC param

Vigilantes do Paraná completam hoje quatro dias de greve. Na noite de ontem, a categoria teve uma reunião de negociação com os patrões, mas nenhuma proposta foi apresentada.

Segundo o Sindicato dos Vigilantes do Paraná, hoje, até às 14h, o sindicato patronal prometeu apresentar uma proposta para acabar a greve. Em virtude disso, a partir das 6h de hoje, o movimento de greve continua. Em todo o Paraná existem 22,6 mil vigilantes. Apenas em Curitiba estão 6,5 mil.

A categoria reivindica um aumento de 5% mais a reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no piso salarial, elevação para 15% no adicional de risco de vida e aumento no vale refeição de R$ 12 para R$ 15.

Hospital

Ainda ontem, parte dos 3,5 mil funcionários do Hospital de Clínicas (HC) realizou uma paralisação de 24 horas, que deve terminar na manhã de hoje, às 7h. Segundo Bernardo Pilotto, diretor de formação sindical do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest-PR), várias instituições médicas universitárias ligadas ao governo federal participaram do movimento contra a Medida Provisória (MP) 520 de 2010.

“Pedimos a retirada da medida, pois ela criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que desvinculará a administração desses hospitais das universidades”, diz.

A MP poderá gerar a demissão de um terço dos atuais funcionários do HC. Além dessa questão, os funcionários estavam se manifestando pela garantia de emprego para 1,1 mil profissionais que trabalham no HC por meio da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar). “Queremos a garantia desses empregos. Incluímos nesse movimento também a campanha salarial de 2011”, falou.

Segundo Heda Amarante, diretora do HC, nenhum atendimento de alta complexidade foi prejudicado com a paralisação. “Pacientes de emergência e os internados estavam protegidos. Tivemos um revezamento nos nossos setores. Profissionais com altas responsabilidades tocaram o serviço”, disse.

Sobre as reivindicações, Amarante afirmou que o hospital não pode tomar partido, mas ainda não se tem uma definição de como vai ficar a situação dos profissionais. “Isso está sendo discutido em Brasília. A MP 520 é pouco detalhada e bem aberta. A nós cabe apenas recebê-la e participar da construção”, afirmou.

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