Por decisão unânime tomada ontem, em Curitiba, os trabalhadores em vigilância no Paraná confirmaram ontem a greve da categoria. A partir do dia 1.º de fevereiro eles deverão cruzar os braços por tempo indeterminado, já que não chegaram a um acordo com o sindicato patronal quanto ao reajuste da categoria.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana (Sindivigilantes) e da Federação dos Vigilantes do Paraná, João Soares, a contraproposta oferecida pelos patrões foi considerada abaixo da esperada.
Enquanto o pedido era de reajuste de 6,5%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 5% de aumento real, adicional de risco de 15% e vale-refeição de R$ 15, foi oferecido aumento de 6,5% e adicional de risco de 11%. “Nossa classe está muito irritada e por isso optamos pela greve”, afirma. As negociações começaram em dezembro.
Por conta da paralisação, os bancos correm o risco de não abrir as portas. “A legislação prevê que um banco não poderá abrir se não tiver dois vigilantes fazendo a segurança do local. Não queremos prejudicar a população, mas a greve tem que acontecer para que nossos pedidos sejam novamente avaliados”, conta Soares.
A reportagem tentou, sem sucesso, contato com o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Paraná (Sindesp-PR). A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que vai procurar o Sindesp para achar uma solução para o impasse.