A ausência de uma contraproposta do sindicato patronal até o início da noite de ontem, determinou o início da greve dos dois mil trabalhadores representados pelo Sindicato dos Empregados em Empresas de Transporte de Valores e Escolta Armada do Estado do Paraná (Sindeesfort-PR). Com isso, o número de carros fortes em circulação deve cair para próximo de zero em todo o Estado, segundo a previsão do presidente do Sindeesfort, Paulo Sérgio Gomes. Com isso, conforme avaliação do sindicalista, a expectativa é que a quantia existente nos caixas eletrônicos seja esgotada até sexta-feira.
Enquanto isso, longe do consenso absoluto, os vigilantes patrimoniais aprovaram a proposta das empresas na noite de ontem, em assembleia na Praça Santos Andrade. Cerca de mil profissionais participaram da votação que não contou com o apoio da direção do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região. Com a aprovação, segundo o presidente da entidade, João Soares, o reajuste salarial ficará em 11%, dos quais 5,5% representam ganho real e o restante é reposição inflacionária do período. O vale-refeição passa a R$ 15,50 e o piso de ingresso aumentará de R$ 1.066 para R$ 1.140.
Reivindicações
Dentre os principais pontos de reivindicação dos vigilantes de transporte de valores estão: reajuste salarial com ganho real de 13% mais a inflação dos últimos 12 meses de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC); aumento de R$ 6 no vale-refeição, passando de R$ 16 para R$ 22; pagamento do adicional de risco de morte (30% do salário) também nos vencimentos relativos a férias e 13.º salário; e pagamento de 100% do plano de saúde. Outros itens cruciais para a convenção coletiva deste ano diz respeito à valorização dos profissionais que trabalham na tesouraria e administração. “Queremos que o piso da tesouraria passe para R$ 914 e que todos os funcionários recebam hora extra”, explicou Gomes.
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