As agências bancárias continuam fechadas hoje, pelo quarto dia consecutivo, devido à greve dos vigilantes. A categoria decidiu manter a paralisação no início da noite de ontem, depois de reunião na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), que terminou sem avanço nas negociações. A manifestação já ameaça também o funcionamento dos caixas automáticos.
O impasse está no pagamento do reajuste salarial baseado na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que no ano passado foi de 6,2%. Os empresários propõem o reajuste em três parcelas, em fevereiro, junho e outubro. A oferta, que já havia sido apresentada na segunda-feira, e repetida ontem pelo sindicato patronal.
Manifestação
Os trabalhadores, que na tarde de ontem saíram em passeata da Praça Santos Andrade até a Assembleia Legislativa, exigem a reposição em cota única. Após a reunião na SRTE, a categoria decidiu em assembleia pela manutenção da greve por tempo indeterminado. “As empresas apresentaram a mesma proposta, sem nenhuma novidade para a categoria. A situação está a cada dia mais complicada. Agora não tem mais negociação. Temos prazo de 10 dias para apresentar o dissídio e, enquanto isso, a greve continua”, afirma o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares.
Proposta não muda
O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Paraná (Sindesp-PR) divulgou nota confirmando que não vai modificar a proposta, já aceita pelos vigilantes do interior. “O movimento grevista está limitado a Curitiba, sendo que as demais regiões do Estado estão em absoluta normalidade. Os ganhos dos vigilantes crescerão em torno de 20% já no mês em curso”, diz o comunicado.
Por lei, as agências bancárias não podem funcionar sem seguranças. Ontem, faltou dinheiro e envelopes de depósito em alguns caixas automáticos. Houve longas filas em postos de atendimento e casas lotéricas do centro da cidade. Algumas operações, como pagamentos, aplicações e transferências, podem ser realizados pela internet.