Os vigilantes paranaenses podem entrar em greve em fevereiro. Uma assembléia da categoria está marcada para às 19h30 de amanhã na Praça Santos Andrade, no centro da capital. Segundo João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (Sindivigilante), a reunião de amanhã deve ratificar a opção pela greve. “Nossa data-base é fevereiro e depois de várias negociações com o sindicato patronal não houve acordo. O empresariado continua intransigente”, afirma.

A categoria pede 15% de reajuste com base no cálculo do INPC do IBGE, mais um adicional de risco de vida e aumento do valor do tíquete-refeição de R$4,50 para R$7,00. Segundo Soares, o Paraná é um dos poucos estados que não pagam o adicional de risco de vida. “Especialmente os companheiros que trabalham com transporte de valores estão expostos a um risco muito grande. No final do ano passado um companheiro faleceu em Foz do Iguaçu, em um assalto realizado por bandidos armados com metralhadoras AR-15 e granadas”.

Patrões

O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança (Sindesp), Jeférson Simões acredita que o impasse poderá ser resolvido com diálogo. “Eles apresentaram a proposta deles e nós apresentamos a nossa. Temos de estudar um pouco mais e chegar a um acordo. Greve é prejudicial para os dois lados”.

De acordo com Jéferson, os vigilantes do Paraná recebem o segundo maior piso da categoria.

O salário inicial de um vigilante patrimonial é de R$580,00 e o de vigilante em transporte de valores é de R$750,00. O cadastro do Sindivigilante indica que 18 mil pessoas trabalham no setor em todo Estado.

continua após a publicidade

continua após a publicidade