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Fiscais abordaram vendedores continua após a publicidade |
A Vigilância Sanitária de Curitiba começou a fiscalizar a venda de caldo de cana em Curitiba. O trabalho começou na quarta-feira passada e a idéia é terminar a inspeção aos 702 garapeiros registrados na cidade até o fim da semana. Segundo a coordenadora do serviço municipal de vigilância sanitária de alimentos, Ana Valéria de Almeida Carli, foram encontrados vários problemas. Os principais são a falta de higiene e a forma como a cana está sendo armazenada.
A Vigilância Sanitária deflagrou essa operação preventiva, fiscalizando todos os pontos de venda, para evitar que haja contaminação pela doença de Chagas em Curitiba. Na barraquinha de Otávio Postui foram verificados alguns problemas. O principal deles é que a cana estava armazenada de modo incorreto. Algumas estavam no sol e em contato com o chão. Ele também foi orientado a jogar fora todas as canas que apresentavam rachaduras e não apenas cortar fora o pedaço que está com a fissura. Outro problema verificado foi a limpeza da máquina que mói a cana. Ela não estava sendo feita todas as vezes em que era usada.
Postui vai ter sete dias para se adequar às normas da vigilância. Caso não cumpra, poderá ser intimado e receber multas que variam entre R$ 200 e R$ 3 mil. Segundo ele, vai cumprir as orientações.
Além dos garapeiros, foram fiscalizados distribuidores de cana. Até agora foram vistoriadas quatro empresas e nenhuma delas possuía alvará. Além disso, a cana estava armazenada em lugares inadequados e em contato com animais. As empresas foram intimadas a regularizar a situação.
Santa Catarina
A venda de caldo de cana pode ser liberada ainda esta semana em algumas regiões de Santa Catarina. O consumo da bebida está diretamente ligado aos casos de doença de Chagas no estado. A Secretaria da Saúde, no entanto, ressalta que a liberação será parcial e não vai incluir os estabelecimentos situados na zona de alerta, entre os municípios de Itapema e Itapoá. A venda de garapa estava proibida em todo o território catarinense desde o dia 21 de março.
O diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Luiz Antônio Silva, afirmou ontem que o surto da doença de Chagas aguda está sob controle. Com a descoberta de que a transmissão por caldo de cana de 28 dos 30 casos confirmados ocorreu no quiosque Barracão Penha 2, no município de Navegantes, vai ser possível limitar a área de investigação. Os outros casos ainda estão sendo examinados. Cinco pessoas morreram.