Após o engordamento da faixa de areia entre o canal da avenida Paraná e o Pico de Matinhos, no Litoral do Paraná, o primeiro espigão da obra de engorda da praia já começou a pegar forma. A estrutura garante segurança na estabilidade da areia da praia e vai permitir a revitalização urbanística da orla.

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Na manhã desta terça-feira (11), o repórter fotográfico Almir Alves, do site Matinhos Agora, divulgou um vídeo que mostra a evolução das obras e o espigão já em uma forma delineada.

A implantação do espigão é um processo complexo e começa com a construção dos núcleos, que são compostos por tubos de geotêxtil de alta densidade preenchidos com areia. Após a execução do primeiro trecho do núcleo da estrutura, é construído um “caminho” de rochas, conforme a declive do projeto. Esta camada é denominada “carapaça” e é constituída por rochas de diversos tamanhos, aumentando conforme a estrutura adentra em direção ao mar.

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Na extremidade das estruturas, em que a ação das ondas é maior, são colocados blocos de pedras ( tetrápodes) para compor a camada de carapaça. Por fim, no topo das estruturas, é executada uma camada em concreto que irá funcionar como um piso que, posteriormente, será integrado ao projeto paisagístico de revitalização urbanística da orla.

Obra no espigão de Matinhos, no litoral do Paraná. Reprodução/Almir Alves/Matinhos Agora.

Revitalização

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A etapa de dragagem é apenas uma das intervenções previstas nas obras de Recuperação da Orla de Matinhos, que além de recuperar os impactos causados pela erosão marinha, irá minimizar os efeitos das cheias e alagamentos e revitalizar a infraestrutura da orla.

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O projeto foi desenvolvido pelo Instituto Água e Terra (IAT) e analisado pela equipe multidisciplinar da Universidade Federal do Paraná (UFPR), através do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura, e é executado pelo Consórcio Sambaqui, vencedor da licitação.

Projeção mostra como deve ficar o espigão de Matinhos. Foto: Divulgação/IAT

A combinação do desequilíbrio de sedimentos, ocupações mal planejadas e ressacas no Litoral vem destruindo e comprometendo boa parte da infraestrutura urbana, turística e de lazer no município. Para minimizar esses impactos, estão sendo investidos R$ 314,9 milhões em todas as intervenções, que atingem 6,3 quilômetros de orla, além do trecho de 1,4 km em que está prevista adequações e reparos dos taludes.